A vida decidiu me picar com todas as facas que tinha na mão
Eu entenderia com uma pequena explicação
Mas decidiram me ensinar na acção
Que a morte faz parte da vida então
Ela cortou meus pés e mandou correr
Furou os meus olhos e disse que só assim conseguiria ver
Confundiu minha mente para que eu conseguisse compreender
Que viver morrer
Viver morrer! Viver é morrer ?
Disse a mim que com tempo a ferida vai sarar
Mas é justamente o tempo que me faz lembrar
São as lembranças que abrem feridas que pareciam já curar
Eu te vejo no rosto das ruas em que passo
Tudo me faz lembrar ti mano
Quando paro na placa
Lembro da tua fala
Quando passo na estrada
Quando vejo uma motorizada
Quando vejo um heace
Daqueles que fazias táxi
Quando um teu amigo me saúda a saudade bate
Quando a saudade bate as lágrimas já não caem, mas o coração sangra, o coração sangra mano, o coração sangra...
Na pista dos meus sorrisos há uma tristeza que dança
E não baza
Sempre que há uma vitória minha ? Ela baila
Ela vem sempre aqui
Tentando roubar meu motivo de sorrir
Mas testemunha é o Giz
No quadro da minha vida eu escrevi que vou ser feliz
Vou cuidar da velha por ti
Vou pegar nos planos e cumprir
Mano sabe ?
Vou fazer de mim um dos maiores na minha arte
E ainda que vida me carrinhar
Vou fintar como um crack
Pida essa será minha maior corrida
A cada letra transformar uma vida
Todas as punhaladas que eu receber
Dos céus ou do inferno vais poder ver, mano vais ver, mano vais ver
Se não for por mim, será por você
Vais ver
Que ainda que as lágrimas virarem atletas e continuarem a correr
Ainda que a vida continue a me bater
Vou continuar em pé
Vou continuar a correr
A vida decidiu me picar com todas as facas que tinha na mão Eu entenderia com uma pequena explicação Mas decidiram me ensinar na acção Que a morte faz parte da vida então Ela cortou meus...
Várias foram as vezes que saíste E abandonaste-me sozinha No leito da amargura com secura! Do teu corpo sentia saudades Por isso, em silêncio implorava! Mas chegou um momento que cansei. E,...
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As belas meninas pardas
De mãos Vazias
Noites de luar no morro da Maianga
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Havemos de voltar
A Fê
