A produção cinematográfica em Angola começou com a atração pelo “exotismo” das paisagens, povos, costumes e culturas locais.
O primeiro registo datado de cinema em Angola é o filme “O Caminho de Ferro de Benguela”, realizado por Artur Pereira em 1913.
Até o final dos anos 1940, a Agência Geral das Colónias e as “missões cinegráficas a Angola” produziram uma série de documentários e a primeira longa-metragem de ficção: “O Feitiço do Império” (1940), dirigido por António Lopes Ribeiro.
Nas décadas de 1950 e 1960, foram produzidos documentários como “Ensino em Angola”, “Angola em Marcha”, “A Terra e os Povos” e a série “Actualidades de Angola”.
Durante a guerra colonial, houve um aumento na produção de filmes de ficção, incluindo obras como “A Voz do Sangue”, “Capitão Singrid”, “Um Italiano em Angola”, “Esplendor Selvagem” e “Enquanto há Guerra há Esperança”.
Paralelamente, os registros sobre a guerrilha anticolonial foram feitos pelo Departamento de Informação e Propaganda do MPLA, e os filmes “Monangambê” e “Sambizanga”, dirigidos por Sarah Maldoror, anteciparam um cinema de intervenção que se consolidou após a independência do país.
A história do cinema em Angola é rica e multifacetada, abrangendo desde os primeiros registros até o período da independência e além. Esses filmes não apenas documentam a história, mas também refletem a identidade e as lutas do povo angolano.