O porta-voz da Comissão Organizadora do XIII Congresso Ordinário da UNITA, Ruben Sicato, avançou ontem, ao Jornal de Angola, que a decisão final sobre os dois processos vai ser proferida depois da reunião do Comité Permanente da Comissão Política do partido, que começa na manhã de hoje.
No dia 11 deste mês, a candidatura de Raul Danda tinha sido chumbada pela Comissão de Mandatos do congresso, com o fundamento de que o vice-presidente cessante não reúne o requisito segundo o qual o aspirante ao cargo de líder da UNITA tem de ser alguém com 15 anos de “militância ininterrupta”.
Raul Danda, por sua vez, interpôs um recurso na última quarta-feira (o prazo expirava na sexta-feira), contrariando a decisão. O também deputado e “primeiro-ministro do governo sobra” da UNITA considera que o que os estatutos estabelecem é que o candidato à presidente do partido tem de ter 15 anos de “militância consequente”.
A Rádio Despertar noticiou ontem que a questão sobre Raul Danda está a ser tratada ao pormenor por uma comissão ad hoc composta por “Mais Velhos” da UNITA, que deverá remeter um relatório à reunião de hoje do Comité Permanente do partido.
Ainda que a resposta ao recurso seja positiva, Raul Danda admite que parte atrasado para a campanha, pois os outros candidatos já estão na “caça ao voto” há já alguns dias. “Não tenho outro remédio senão esperar o que vai acontecer”, disse, conformado, o deputado, que, ainda assim, questionou o facto de, ao contrário do que foi decidido contra ele, a um outro candidato (Adalberto Costa Júnior) foi-lhe autorizada a realização da campanha, mesmo com o processo de candidatura pendente.