O porta-voz do projecto, Kikas Machado, explicou, ontem, ao Jornal de Angola, que existe já um calendário rotativo aprovado na conferência de 2017, realizada em Portugal. “Embora a bienal tenha surgido como espaço de promoção e interacção cultural, é importante uma maior promoção do debate entre os próprios jovens criadores”, disse, além de lamentar o facto de o alargamento para outras áreas do saber implicar a alteração do regulamento da bienal.
Porém, acrescentou, o assunto, pela sua abrangência, volta a ser debatido na próxima conferência de Ministros da Juventude e Desportos da CPLP, a ser realizada em Cabo Verde. “O tema já é do conhecimento de todos os países membros. A intenção é dar também oportunidade aos jovens criadores de outras áreas, além dos artistas, de mostrarem o seu potencial, dentro das políticas direccionadas à juventude e assim tornar a bienal muito mais abrangente”, explicou.
A IX edição, que foi aberta no dia 24 e encerrou no do-mingo, no Museu de História Militar, em Luanda, explicou, ficou marcada pela presença regular de jovens, interessados em conhecer mais da cultura dos países convidados.
Além das visitas, outro aspecto de realce para Kikas Machado, foram as actividades, em especial o seminário sobre “Literacia cibernética” e “Empreendedorismo social”, promovido pelo Conselho Na-cional da Juventude, e a participação activa dos movi-
mentos e associações artísticas de Luanda, com destaque para o Lev’Arte e a Brigada Jovem de Artes Plásticas (BJAP).
Para o representante da BJAP durante a bienal, Adão Mussungo, foi bom ter tido contactos com outros jovens artistas, em especial no domínio do intercâmbio e na criação de futuras parcerias. “A bienal foi uma porta aberta para a coesão e a inclusão social, assim como um espaço oportuno para a exploração da criatividade.”