Emily Warren é uma compositora pop de elite. Co-escreveu diversas músicas com mais de um bilhão de reproduções cada só no Spotify, incluindo “Don’t Start Now” e “New Rules” de Dua Lipa e o hit dos Chainsmokers, “Don’t Let Me Down.”
No entanto, Warren se encontrou em uma situação complicada no ano passado: uma cantora famosa exigiu uma fração “maluca” da renda destinada à composição, mesmo sem ter contribuído para o processo.
A compositora tentou negociar um acordo mais justo, mas a cantora não cedeu e a ameaçou. “Se não consigo falar não da minha posição, pequenos compositores com menos vantagem não têm chance nenhuma,” disse a Warren.
A experiência gerou ação coletiva por meio de uma carta aberta da comunidade de compositores dos Estados Unidos. O documento foi chamado de “Pacto” e declara: quem assinou “não dará direitos de publicação ou créditos de composição a quem não criou ou alterou letras ou melodias ou não contribuiu de qualquer outra forma para uma canção.” Warren assinou, assim como diversos compositores famosos, incluindo Justin Tranter, Ross Golan, Tayla Parx, Savan Kotecha, Amy Allen, entre outros.
“Se todos aderirmos, 1) teremos vantagem, e 2) a ameaça dos artistas de ‘vou procurar outra pessoa se você não concordar’ não vai mais acontecer,” explicou Warren.
“Entendo, são negócios, mas extorquir outros profissionais não faz parte disso,” Ross Golan relatou à Rolling Stone EUA. “Compositores começarão a proteger o copyright, ou ficaremos furiosos.”