Nesta segunda-feira (4), a juíza do Tribunal de Londres, Vanessa Baraitser, negou a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos. Na decisão, Baraitser considerou as condições de saúde de Assange, que sofre de diversas doenças mentais.
Por conta desta consideração, Maria José Braga, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), avalia que pode ser precipitado afirmar que a decisão da juíza significa uma vitória da liberdade de imprensa.
"É uma vitória parcial. Claro que é uma vitória importante, porque preserva a vida do Julian Assange e reconhece que, nos Estados Unidos, ele [Assange] correria risco. Mas digo que é uma vitória parcial porque ela [a juíza] argumentou questões humanitárias, mas não tratou do mérito da questão, que é a liberdade de imprensa, ameaçada neste caso", avalia Braga.
A decisão desta segunda-feira (4) ainda cabe recurso, e é provável que os advogados do lado norte-americano ainda tentem reverter a situação para que Assange seja extraditado. Braga afirma que tanto a Fenaj quanto a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês) continuarão pressionando não só para que o recurso seja negado, mas também para que Assange seja libertado.