A arte de António Ole mergulha em torno das tendências contemporâneas da pintura e das disciplinas artísticas de modo geral. Com uma carreira internacional, António Ole desenvolveu uma obra que vai da escultura à instalação, da pintura e colagem ao desenho, da fotografia ao filme, em diálogo permanente com a cidade, e antes de mais a cidade de Luanda, com a sua arquitectura e os seus habitantes.
Através da produção artística de António Ole, o antropólogo António Tomás retrata o conceito de urbe na Luanda contemporânea e de que forma esta se materializa na África modernista.
Com exposições em várias instituições internacionais, António Ole participou em 2013 na 55.ª Bienal de Veneza, onde voltou a estar presente em 2015, no Pavilhão de Angola, lado a lado com outros jovens artistas angolanos.
Para Patrício Batsîkama, a pintura de António Ole ilustra simbolicamente a “Luanda urbana” e os problemas que esta urbanidade tem desde a imigração sociocultural, as suas dinâmicas socioeconómicas e as transformações sociopolíticas.