"Vejo aqui e acolá nas redes sociais compatriotas de um lado e de outro falarem de guerra. Não se fale de guerra com tanta leviandade e ligeireza. Uma guerra não é uma passeata. A guerra é a expressão máxima da violência organizada numa sociedade.
A guerra pressupõe partes armadas mas sobretudo vontade, capacidade e um contexto sócio-político que a exija. Não há, portanto, nem necessidade nem condições para esse tipo de conflito. Considero que o pronunciamento feito ontem pelo presidente da UNITA vai justamente no sentido de desactivar toda e qualquer carga de violência na sequência do processo actual.
Recai agora sobre todos os partidos políticos concorrentes as eleições de dia 23 de Agosto uma grande responsabilidade na gestão da parte mais crítica do processo que é o escrutínio.
O povo angolano de Kabinda ao Kunene cumpriu o seu dever com responsabilidade e um grande sentimento patriótico e cívico. Cabe à classe política assumir o seu papel com calma e serenidade, ouvindo com humildade a voz do povo expressa nas urnas e tirar as consequências tendo como pedra de toque apenas a verdade eleitoral de acordo com o preceituado na Lei e o interesse nacional.
Sejamos fiéis ao que a história tem de permanente!
Viva Angola