Little Richard, um dos fundadores do rock, cujos gritos fervorosos, roupas extravagantes e persona alegre e desafiadora de gênero incorporava o espírito e sonoridade daquela nova forma de arte, morreu neste sábado, 9. Tinha 87 anos. O filho do músico, Danny Jones Penniman, confirmou a morte do pioneiro do rock à Rolling Stone EUA, mas a causa da morte é desconhecida.
Começando com “Tutti Frutti”, em 1956, Little Richard teve uma série de sucessos irrefreáveis - “Long Tall Sally” e “Rip It Up” naquele mesmo ano, “Lucille” em 1957, e “Good Golly Miss Molly” em 1958 - guiadas pelo piano simples e vibrante, exclamações vocais influenciadas pela música gospel e letras carregadas de sexualidade (muitas vezes sem sentido). “Ouvi Little Richard e Jerry Lee Lewis, e aquilo era tudo”, contou Elton John à Rolling Stone EUA, em 1973. “Eu não queria mais ser outra coisa. Sou mais um do estilo Little Richard que um Jerry Lee Lewis, acho. Jerry Lee é um pianista muito intrincado e muito habilidoso, mas Little Richard tem mais peso.”
Apesar de nunca ter chegado ao top 10 novamente depois de 1958, a influência de Little Richard foi massiva. The Beatles gravou diversas músicas dele, incluindo “Long Tall Sally”, e os vocais de Paul McCartney nessas músicas - e em “I’m Down”, dos próprios Beatles - é um tributo ao estilo da garganta desfiada de Little Richard. As músicas de Richard se tornaram partes canônicas do rock and roll, com covers de todos desde Everly Brothers, The Kinks e Creedence Clearwater Revival a Scorpions. “Elvis popularizou [o rock]”, Steven Van Zandt postou após a notícia. “Chuck Berry era o narrador. Richard era o arquétipo.”