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Escravatura choca Cimeira

Escravatura choca Cimeira

| 2017-12-01 09:29:21 | Politica | 92
Os líderes africanos e europeus decidiram estabelecer um “forte compromisso” para reforçar os mecanismos de combate ao drama da imigração clandestina e de mercados de escravos na Líbia.

O compromisso foi assumido no final da quinta cimeira UA-UE, que reuniu durante dois dias os mais altos dirigentes de ambos blocos. A escravização de africanos num país membro da União Africana acabou por ser um dos assuntos de maior destaque da Cimeira, depois do escândalo decorrente da divulgação da reportagem da CNN que trouxe o assunto para a agenda política internacional.
“Uma acção humanitária deve ser aplicada o mais rapidamente possível na Líbia” e “as redes de passadores devem ser desmanteladas”, declarou o Presidente ivoiriense, Alassane Ouattara, na sessão de encerramento da cimeira. O estadista anfitrião clamou a necessidade de se abrir “um inquérito internacional” para se apurar todos os detalhes do caso que está a chocar o mundo. Por seu turno, Alpha Condé, Chefe de Estado da Guiné Conacry e presidente em exercício da União Africana, sugeriu que a almejada comissão de inquérito seja dirigida pela Comissão dos Direitos Humanos da UA.
Alpha Condé solicitou a colocação de “forças especiais” no terreno para conter o “tráfico de seres humanos”. Sobre a matéria, o presidente da Comissão da UA, Moussa Faki, defendeu que os cerca de 3.800 migrantes ainda presentes na Líbia sejam repatriados com a maior brevidade possível. Anteontem, o Presidente francês, Emamanuel Macron, pediu a retirada com carácter de urgência dos africanos interessados em sair da Líbia. Anunciou para o efeito a constituição de uma “task force operacional”, bem como o lançamento de uma campanha para dissuadir os jovens a abandonar aquele país do norte de África.
Em Ouagadougou, de onde partiu quarta-feira para Abidjan, o Presidente francês manifestou a intenção de propor uma iniciativa euro-africana com vista a desmantelar organizações criminosas e as “redes de passadores” de clandestinos que cruzam o continente. Emmanuel Macron foi considerado uma das grandes sensações da cimeira. A passagem da sua comitiva pelas ruas de Abidjan foi aplaudida em vários troços, principalmente por jovens transeuntes que pararam para o saudar. A promessa de buscar apoios para o repatriamento de todas as pessoas em perigo na Líbia, sujeitas ao que considerou “crime contra a humanidade”, não deixou as pessoas indiferentes. O polémico assunto foi comentado em praticamente todos encontros formais e informais realizados em Abidjan.

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