Evo Morales, presidente da Bolívia de 2006 a 2019, acredita que as principais razões por trás da crise ucraniana foram a expansão progressiva da OTAN, liderada pelos EUA, e sua interferência nos assuntos internos de outros países.
"Precisamos ver a origem dessa questão, por que essa situação se desenvolveu entre a Rússia e a Ucrânia? A Bolívia tem uma política pacifista e anti-imperialista conforme está consagrada em sua Constituição, e não concordamos que instituições de natureza militar como a OTAN, com os EUA no comando, se expanda e interfira nos assuntos de outros [países]. Essas são as questões", afirmou Morales à Sputnik."
O ex-presidente disse que está considerando lançar uma campanha internacional com líderes da América Latina e de outras regiões para fazer a Aliança Atlântica respeitar a soberania e a integridade territorial de outros países.
Estou em contato com alguns líderes irmãos de movimentos sociais, da Argentina, Equador, Peru, sempre conversando para organizar um movimento […] há uma campanha internacional para dissolver a OTAN, com a luz dos povos" declarou Morales.
De acordo com o ex-presidente, "a OTAN é uma ameaça à paz e à segurança mundiais [...] e se tornará uma ameaça constante à humanidade no caso de nossa inação". Em sua interpretação, o objetivo final dos EUA com a Ucrânia é assumir seus recursos naturais e cercar militarmente a Rússia.