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Jackson Samuel – Das baterias de latas as Yamaha, Magna, PDP X7 e sempre com Deus.

Jackson Samuel – Das baterias de latas as Yamaha, Magna, PDP X7 e sempre com Deus.

Lea.co.ao | 2024-01-27 08:08:53 | Entrevistas | 396
Desde pequeno já tocava latas, fazia delas uma bateria, posicionava elas num formato de Bateria.

Jackson Samuel é um artista de mãos cheias, toca vários instrumentos com perfeição e suas habilidades já foi posto em uso para muitos dos artistas da nossa praça, mas é como baterista que ele é bem conhecido nos palcos. Hoje Jackson encontra-se na diaspora, mas nunca distante do seu Deus e das baqueta. Jackson começou sua carreira na Igreja Evangelica Baptista em Angola, mas não se limitou por lá por isso sua trajetória inclui nomes gigantes como Eduardo Paím.

Através do whatsapp Jackson Samuel honrou-nos com uma entrevista onde ficamos a saber de alguns detalhes da sua carreira, da bateria de lata e planos para o futuro. Acompanhe-nos neste pingue-pongue enquanto apreciamos alguns aspectos da vida de um baterista.

LEA - Jackson, podemos ver que tem experiência com vários instrumentos, mas a bateria é o que lhe identifica, como isso aconteceu ou quando descobriu que era na bateria que tinha que investir?

JS - Ola, Lea! Boa tarde! Eu desde pequeno já tocava latas, fazia delas uma bateria, posicionava elas num formato de Bateria. Fui para Igreja, Igreja Evangelica Baptista em Angola (IEBA), Igreja que a minhã falecida mãe frequentava e ingressei num grupo flautita. Comecei a tocar bumbo e caixa, dois instrumentos de percussão e também comecei a tocar "batuque", acompanhando os corais da Igreja e participei também em gravações do Coral. Depois fui para Academia de música, onde frequentei o curso livre de música nas disciplinas de Piano Elementar, Canto, Teoria Musical e Solfeijo. Participei em todas as actividades extra-escolar da Academia de Musica, aconpanhei o grupo de estudantes de Canto Lírico na escola e fora da escola, como Percussionista ou Baterista. Mas, a bateria é o meu encanto, muito pouco desenvolvi o Piano ou Teclado, Percussão é mesmo o meu forte, está no sangue.

Toco também Flauta Transversal e já participei num projecto discográfico das irmãs Paulinas "Mamã Africa" como Flautista e Baterista, é miito coisa e, ( estou a falar comigo mesmo enquanto eu escrevo, que, já fiz muita coisa, mas ainda não é tudo). Mas nunca mais toquei e não tenho como praticar, por falta de instrumento, mas, um dia compro e volto a praticar e tocar.

LEA - Como conseguiu a sua primeira bateria?

JS - Para conseguir a minhã primeira Bateria, tive que juntar dinheiro e mandar vir da China. Foi uma Yamaha, cor Cinzenta.

Eu trabalhava como professor e fazia música em simultâneo então fiz uma poupança para a primeira bateria. A minhã segunda bateria foi Magna, uma marca Alemã, a bateria que passei a usar na Inauguração da Igreja Catedral de Adoração e Promessa, que, até hoje sou membro e líder de Louvor. E a terceira foi "PDP" X7, uma filial da DW.

LEA - Onde andam elas para ficares sem instrumentos?

JS - Vendi-as, mas, vou comprar! Compro outra! Um músico profissional, não pode ficar sem instrumento.

"Ele é muito exigente, porém humano. O Eduardo Paím trabalhou com seu irmão, Nelo Paím! O Nelo estava sempre em cima de mim, mas, foi muito bom passar por essa experiência. Foi um aprendizado!"



LEA - Como é o dilema de ter e manter uma bateria em Angola?

JS - Ter uma bateria, digo, bateria topo de gama, não é fácil, elas são caras, e tem de mandar vir ou comprar fora do país. As bateria vendidas em Angola, não são topo de gama, mas, também entendo os empresários, por causas dos custos aduaneiros, elas ficariam mais caras e quase que ninguém as compraria, por isso, preferem trazer baterias, amadoras ou semi-profissional, caso for profissional, não terá muita saída, o mesmo acontece com os acessórios de bateria, para tua boa informação, a última bateria que tive, a PDP X7 comprei-a na África do Sul.

LEA - Sabemos que você já acompanhou Eduardo Paím em shows, como foi trabalhar sob a liderança do Eduardo Paím como baterista?

JS - Foi boa, muito boa, um prazer, uma honra! Ele é muito exigente, porém humano. O Eduardo Paím trabalhou com seu irmão, Nelo Paím! O Nelo estava sempre em cima de mim, mas, foi muito bom passar por essa experiência. Foi um aprendizado! Uma boa experiência!

LEA - Como entras para o projeto?

JS - O Freddy, baixista é quem ligou pra mim. Foi para fazer parte da banda do "Esterlas ao Palco".

Jackson Samuel na bateria com Anselmo Ralph

LEA - É fácil conseguir shows em Angola como baterista ou percussionista?

JS - Não digo que é fácil e tampouco difícil, depende de muitos factores: habilidade, comportamento, pontualidade e relações humanas. Mas em Angola há muita aquela coisa de conveniência.

LEA - Já alguma vez pensou em lançar um álbum como baterista?

JS - Nunca pensei, mas, é uma boa ideia. juntar vários cantores e gravar com eles músicas inéditas, músicas da minhã autoria e outras de autoria deles e realizar um concerto.

LEA - Sabemos que está radicado em Portugal, como tem sido a sua carreira na Europa?

JS - A carreira musical aqui na Europa, é um desafio muito grande; aqui só viver de música, não digo que não é possível, mas é complicado. Tem de se trabalhar para pagar as contas. Música é o que eu mais gosto fazer, mas, tenho de fazer outra coisa e fazer também o que gosto para sobreviver.

LEA - O que tem feito para continuar sendo um artista ativo no mercado musical por aí?

JS - Tenho tocado apenas na Igreja e em eventos realizados por algumas Igrejas e, também tenho dado aulas de bateria.

LEA - 13. Projectos para o futuro?

JS - Almejo ter uma loja de venda de assérios para baterias, baquetas etc. Também um estúdio para bateristas com salas de ensaios com vendas e montagem de equipamentos de som com uma Escola de Louvor e Adoração.

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