As ondas batem intensamente no vislumbrar da Marisa.
Só preciso ir ao infinito e encontrar a calmaria,
Que com o seu doce, adoça a minha alma e me livra dessa Azia.
Só quero ficar longe do ego e do ceticismo.
Encontrar possibilidades de antecipar o abismo.
Quero estar em alto mar e ser empurrado pelas ondas,
Devagar pelo desconhecido lá onde descansam as sombras.
As sombras das almas que foram despedaçadas,
Injustiçadas, magoadas e desamparadas.
Só quero estar nessa canoa navegando sem destino,
Porque eu procuro o paraíso porque já fugi do inferno.
Só quero sentir aquela brisa a massagear a minha alma,
Sentir esse desejo infinito que me liberta do drama.
Só quero estar longe da civilização em uma canoa para navegar.
Encontrar a paz nesse vazio oceânico,
Talvez, aqui, eu perceba a diferença entre o turbulento e o Pacífico.
Por isso, eu vou entre as águas sem pretensão de voltar.
Só quero estar aqui e nessa canoa viajar e navegar.
Só quero estar aqui, onde a tranquilidade reina,
Onde a justiça transparece e a justiça não condena.
Só quero estar, só nessa canoa que me embala,
Conversando comigo mesmo quando o silêncio se instala.
Não insista!
Deixa-me ir tranquila nessa infinidade que me chama,
Por aqui!
Por aqui eu sinto o sabor da paz interna que me acalma.
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