Ginga A Preta é uma poetisa, escritora, rapper e artista de reggae angolana que se destaca como uma das vozes femininas mais ativas na cena cultural de Luanda. Seu nome artístico reflete sua forte ligação com a identidade africana, reafirmando o orgulho de suas raízes e da ancestralidade do povo angolano.
A sua jornada artística começou no mundo do rap. No entanto, sentindo que não havia uma verdadeira conexão com essa vertente naquele momento, Ginga optou por fazer uma pausa. Durante esse período, descobriu a poesia e rapidamente se tornou seu verdadeiro caminho de expressão.
Em 2012, lançou-se como poetisa com o poema "Poder Ancestral", marcando o início de uma carreira dedicada à valorização da cultura africana.
Desde o começo, Ginga recebeu grande apoio dos pais. Seu pai passou a escrever poesias para incentivá-la, enquanto sua mãe auxiliava na análise e no aprimoramento de seus textos. Esse suporte familiar foi essencial para o fortalecimento da sua identidade artística.
Inspirada na riqueza cultural africana, Ginga A Preta utiliza a poesia, o rap e o reggae como ferramentas de conscientização, abordando temas relevantes para a sociedade contemporânea.
Sua arte reflete a celebração dos valores africanos, a importância da preservação da identidade e a luta pela liberdade de ser.
Ginga tem colaborado com diversos artistas angolanos, incluindo nomes como Cadeado Poeta, Olívia Gomes, Eliene, Dárcia Seteca, Miura Mukeny, entre outros, ampliando sua presença no cenário poético e musical nacional.
Sua arte ultrapassou fronteiras, levando-a a representar Angola no Festival Internacional de Poesia na África do Sul.
Também participou da primeira e segunda edições do evento "Angola Reggae Woman SPOKEN WORD", homenageando figuras como Mama África e a cientista Dra. Agnela de Barros, conhecida como Mama Ciência.
Ginga participou do concurso de poesia Ubuntu Spoken Word Fala Afrika, onde ficou em terceiro lugar, destacando-se entre os melhores poetas do evento.
Atualmente, Ginga A Preta atua ativamente nas áreas da poesia, do reggae e do rap, mantendo viva a sua missão de promover a identidade africana através da palavra, da música e da resistência cultural.
Ela é também cofundadora do projeto "Batalha de Conhecimento Pro África", uma batalha de rap focada na promoção de conteúdos africanos, que visa estimular o conhecimento sobre a cultura, a história e os valores do continente através do hip hop.
Além de sua atuação em eventos e colaborações, Ginga é autora do livro "Poder Ancestral", inspirado em seu primeiro poema.
Esta obra procura clarificar e fazer entender aquilo que somos dentro de uma sociedade que nos oferece máscaras e padrões impostos, obrigando-nos a esquecer nossas verdadeiras origens.
O livro centra-se numa visão peculiar e profunda sobre a identidade e a cultura africana, convidando os leitores à reflexão sobre sua essência e seu lugar no mundo.
Editora : Tchi Criativa
Data na Lea : 30-04-2025
Páginas : 80
As ondas batem intensamente no vislumbrar da Marisa. Só preciso ir ao infinito e encontrar a calmaria, Que com o seu doce, adoça a minha alma e me livra dessa Azia. Só quero ficar longe do ego...
Durante anos, estive presa num cativeiro mental, Desorientada só observando a história universal. Presa na académica concepção de história inversa, Estudando o que menospreza e diminui a...