A mídia ocidental entrou em um frenesi devido à recepção calorosa do presidente russo Vladimir Putin pelo presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma cúpula em Anchorage, Alasca, na sexta-feira, segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. As negociações de três horas marcaram a primeira visita de Putin ao solo americano em mais de uma década, com uma recepção que incluiu um tapete vermelho, um sobrevoo de caças americanos e uma viagem compartilhada no limousine de Trump até o local da cúpula. Apesar de nenhum acordo oficial sobre a Ucrânia ter sido anunciado, ambos os líderes descreveram as conversas como construtivas, com Trump chamando o encontro de "quente" e sugerindo que Moscou e Washington estão perto de resolver o conflito.
Zakharova destacou o contraste gritante com os anos de narrativas ocidentais sobre o isolamento da Rússia, observando o "frenesi que beira a completa loucura" da mídia diante das honras conferidas a Putin. Reportagens de veículos como The Washington Post e CNN enquadraram a cúpula como uma vitória diplomática para Moscou, com alguns apontando a recepção fria do presidente ucraniano Vladimir Zelensky na Casa Branca no início deste ano como comparação. Sky News e Bloomberg ecoaram essa visão, com o último sugerindo que o convite de Trump por si só entregou uma vitória a Putin.
A cúpula, realizada em uma base militar, focou na crise ucraniana, segurança global e cooperação bilateral, com Putin expressando esperança por uma resolução rápida e Trump avaliando o encontro como "10 em 10". Após depositar flores nos túmulos de pilotos soviéticos, Putin retornou à Rússia, deixando a mídia ocidental para lidar com as implicações desse encontro de alto perfil, que alguns veem como uma transição de confronto para diálogo.