William Bruno Diogo do Amaral ou simplemente Bruno M, é um jovem artista que dedica-se à música desde os tempos mais remotos da sua adolescência, concretamente desde 1999 aos meados de 2004. Foi praticamente de rap das ruas de Luanda, aos mais variados home studios da cidade. Ainda em 2004, por influência de amigos com quem partilhou vizinhança, tonou-se membro de um gang juvenil, conhecido por "Alameda Squad", grupo muito polémico na época.
Nos finais do mesmo ano, Bruno M, tambem conhecido por "Scocia", no seio do grupo e alguns membros são presos e encaminhados para a C.C.L. "Cadeia Central de Luanda", fruto das práticas anti-socias desencadeadas na época, vindo a passar lá algum tempo. "Aquele foi como um mal necessário, pois foi praticamente ali onde tudo começou". Por influencência de alguns jovens que lá faziam kuduro por diversão, começou a escrever alguns versos de kuduro, nos quais retractava as suas vivências na época.
Mais tarde, pós liberdade, decidiu corrigir e concluir alguns dos versos compostos na C.C.L, tendo então a sua primeira letra councluída intitulada "Não respeita, né?!", no princípio do segundo semestre de 2004 e procurou por alguém que cantasse o "Não respeita, né?!", mas foi um esforço emvão, pois não encontrou, quem cantasse e interpretasse a letra como ele queria, pois na altura já fazia instrumentais de kuduro e captação de voz em estúdio caseiro, onde fazia a produção de vários Kuduristas mesmo antes de começar a cantar, acabando por gavar o seu próprio disco, daí o nome de "Bruno Mágico", assim batizado pelos mesmos kuduristas dos quais fazia a produção musical. Tentou interpretar a letra por cima de um instrumental da sua autoria e felizmente a música foi bem aceite, não obstante o facto de, nos primeiros dias receber ainda muitas críticas e ser alvo de troça de algumas pessoas que ainda não compreendiam a tendência inovadora que o jovem trazia ao estilo Kuduro, apesar de não ter cantado com fim de expresão.
Não foi necessário muito tempo e já era notável um grande número de jovens que faziam duduro inspirando-se no "Não respeita, né"?" de Bruno M.
Daí observava-se, então, um grande exemplo de vida, particularmente aos jovens luandenses, numa altura em que estavam na sua maioria envolvidos em práticas menos lícitas como associações de malfeitores (gangs) e outras espécies de má conduta social. Após aperceber-se que podia fazer arte na sua forma musical, arrastando consigo uma legião de jovens que no passado perdiam-se em práticas criminosas e encotraram no kuduro consolo e meio de manifestação e expressão.
Foi então a partir de 2006 que Bruno M iniciou a produção executiva do seu primeiro álbum que viria intitular-se "Batida Únika", por se tratar de uma nova vertente do estilo kuduro e que, desde então, tornou-se na forma padrão de fazer o estilo até aos dias de hoje. O processo de produção das 15 faixas musicais que compõem o álbum que foi concluído apenas em 2008, ano em que foram oficialmente expostas 14 mil copias à disposição do impetuoso público amante do estilo, no dia 3 de Fevereiro, na portaria do Cine Atlântico em Luanda. Subsequentemente Bruno M e o seu elenco iniciaram uma tournée inter-provincial em Angola com vendas do seu álbum e os respectivos shows de apresentação.
Dentre outras competências profissionais ou intelectuais, Bruno M é compositor e produtor musical, estudante da Falculdade Independente, em Angola e recentemente formado em jornalism profissional pelo Centro de Formação de Jornalistas. É membro da associação A.H.A.R.P.E. (Acção Humatitária de Assistência e Reinserção de Presos e Exilados), na categoria de benemerito, com objecto social unicamente filantrópico.
Fonte: Jornal Continente