O músico angolano Alberto Teta Lando nasceu em Mbanza Congo, a capital da província do Zaire, no norte de Angola, no dia 2 de junho de 1948. É Bakongo, nascido numa família de 32 filhos, nos quais podemos mencionar o músico Teta Lágrimas, casado e pai de três filhos.
Morreu em Paris, França , numa Segunda-feira dia 14 de julho de 2008, após lutar contra o câncer. Durante os últimos anos de sua vida, ele conseguiu voltar a se unir a um grupo de muitos músicos angolanos.
Ele começou a sua carreira artística na década 60, atuando em férias escolares de finais de anos. Escreveu a sua primeira canção em 1964, intitulada "Kinguibanza" e tornou-se famoso entre 1965 e 1966 quando gravou seu primeiro Long Play (LP).
Alberto Teta Lando foi um dos membros fundadores dos Merengues grupo antes de entrar para o Show África. Sua música focada na identidade angolana, a guerra civil do país, as saudades (nostalgia, melancolia e saudade) de exilados angolanos, assim como o amor ao próximo e para com a família.
Ele falou e cantou tanto em Português e em Kikongo, a sua língua materna. É autor de um livro respeitado que inspirou outros músicos angolanos, como Bonga, Patrícia Faria e Paulo Flores.
Entre suas canções mais conhecidas são "Irmão, amar o seu Irmão" e "Eu Voltarei". É também autor de "Negra Karapinha Dura", "Eu Vou Voltar", "Um Assobio Meu", entre outras canções de referência a musique-hall nacional.
Em Paris, Teta Lando tornou-se um dos grandes defensores e promotores da música angolana e voltou definitivamente ao país em 1989, depois de participar do Festival Nacional da Cultura (Fenalcut) no Estádio Nacional da Cidadela, em Luanda.
Por mais de 20 anos de carreira, ele aprendeu a viver da música antes de abraçar a carreira do empreendedor cultural. Assim ele criou “Makino” e “Teta Lando Produções”, empresas responsáveis pela produção de vários trabalhos discográficos de artistas e grupos musicais angolanos.
Até à data da sua morte, Teta Lando assumiu durante dois anos a presidência da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), e tornou mais dignos e valiosos os artistas nacionais. Como resultado, viu realizado um velho sonho como a atribuição pelo Governo angolano da Pensão de Reforma aos artistas que têm 35 anos de carreira ou mais 60 anos de idade.
Fonte:Ngolamusicas