A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) criticou a construção do metro de superfície em Luanda numa conferência de imprensa realizada esta quinta-feira (08.07), na capital angolana. O projeto do Governo está previsto para o próximo ano, segundo anúncio do ministro dos Transportes, Ricardo D'Abreu.
O deputado Liberty Chiaka afirmou que o projeto não é prioritário para o país e suspeita que o plano poderá facilitar mais uma vez o desvio de fundos do setor dos transportes.
O projeto foi orçado em mais de 3 milhões de dólares [cerca de 2,5 milhões de euros]. Com a iniciativa, o Governo de Angola argumenta que pretende melhorar a situação da mobilidade urbana de Luanda e a qualidade de vida dos cidadãos, bem como oferecer uma alternativa de transporte com menor impacto ambiental.
Desde 2014, ainda na era da governação do Presidente José Eduardo dos Santos, fala-se sobre a construção de um metro em Luanda. Na altura, anunciou-se que entraria em funcionamento no primeiro semestre de 2017 - ano em que João Lourenço foi eleito.
Até ao momento, o plano não foi concretizado, apesar de serem disponibilizadas somas avultadas para o estudo de viabilidade técnica.