O contrato de concessão para a exploração do terminal foi assinado ontem, em Luanda, entre o Governo de Angola e a liderança da em-presa. A parte angolana esteve encabeçada pelo ministro de Estado para a Coordena-ção Económica, Manuel Nunes Júnior, e o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu.
A multinacional vai investir cerca de 190 milhões de dólares para o desenvolvimento do Porto de Luanda. Este investimento vai passar por uma gestão anual de cerca de 700 mil contentores. Após a assinatura do contrato de concessão para a exploração do TMU do Porto de Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da DP World, Sultan Ahmed Bin Sulayem, foi recebido, em audiência, na Cidade Alta, pelo Presidente da República, João Lourenço.
No final da audiência, o PCA da DP World revelou à imprensa que o encontro serviu para agradecer ao Presidente da República pela confiança e missão depositada à sua empresa para gerir o TMU do Porto de Luanda. "Estamos prontos para fazer um investimento de grande dimensão e de grande escala naquele Porto”, garantiu, tendo acrescentado que os fundamentos económicos de Angola são bastante fortes e dão sinais de esperança.
Referiu que a DP World é uma empresa com vasta experiência no ramo, estando, por isso, neste momento, presente em mais de 60 países. "Operamos em mais de 90 terminais a nível do mundo e temos grande implantação a nível de África”, destacou.
Garantiu estarem implantados desde a Austrália à América Latina. Disse terem capacidade, pontos fortes, habilidades e competências que lhes permite ser, também, operadores logísticos, "de tal forma que temos os nossos próprios comboios, navios e gerimos parques industriais de zonas francas”.
Sultan Ahmed Bin Sulayem ressaltou serem, actualmente, o segundo maior operador de comboios na Índia, Austrália, Peru e Chile. Prometeu trazer ao país as capacidades e valências adquiridas a nível do mundo para alavancar a actividade do Porto de Luanda. "Vamos utilizar, também, as nossas conexões a nível do mundo para que possamos trazer mais investimentos para Angola”, realçou.
O concurso que habilita a empresa a executar a empreitada foi lançado em Dezembro de 2019. A proposta da em-presa foi considerada, entre as outras, a melhor, por servir o interesse público.
A proposta da DP World apresenta como vantagem, em relação a outros concorrentes, pagamentos que, ao longo do período de concessão, vão representar um valor superior a mil milhões de dólares, dos quais 150 milhões serão entregues agora na sequência da assinatura do contrato.