Enquanto os legisladores australianos continuam a debater a polêmica lei - que obrigaria as plataformas de internet a entregar uma parte das receitas às agências de notícias para compartilhar seu conteúdo - o Google entrou na briga na sexta-feira, insistindo que a medida tornaria suas operações inviáveis no país.
“O modelo de arbitragem do código com critérios de polarização apresenta riscos financeiros e operacionais incontroláveis para o Google”, disse Mel Silva, diretor-gerente das filiais do Google na Austrália e na Nova Zelândia, a um comitê do Senado.
Se essa versão do código se tornasse lei, não teríamos escolha real a não ser parar de disponibilizar a Pesquisa do Google na Austrália.
A lei foi elaborada em julho passado após uma longa investigação da Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores (ACCC), que descobriu que a maior parte do setor de notícias do país depende do Google e do Facebook para tráfego, mas tem pouca influência sobre as grandes empresas de tecnologia. Embora a investigação da ACCC tenha descoberto que as duas plataformas obtêm pouca receita publicitária de conteúdo de notícias, ela disse que mais de um terço dos usuários do Facebook no país usam o site para acessar notícias, sugerindo que agências de notícias e plataformas da web oferecem um 'preço justo' para hospedar notícias.