Segundo o Jornal de Negócios, que avançou em primeira mão com a notícia, esta decisão foi tomada antes de uma reunião do conselho de administração da NOS sobre o caso, que se realizou esta terça-feira ao final do dia. O advogado de Isabel dos Santos, Jorge Brito Pereira — que é presidente do conselho de administração da operadora — Paula Oliveira, amiga próxima da empresária, e Mário Leite da Silva, braço direito de Isabel dos Santos, serão ouvidos na próxima segunda-feira.
Esta segunda-feira, o advogado de Isabel dos Santos garantiu que nunca teve “qualquer intervenção que não a de constituir formalmente a sociedade” Matter Business Solutions, a empresa no Dubai para onde teriam sido transferidos os 115 milhões de dólares, de acordo com a divulgação de documentos no âmbito da investigação “Luanda Leaks”.
“Ainda que tivesse poderes amplos e abrangentes sobre a empresa”, Jorge Brito Pereira assegurou que esses poderes “nunca foram por qualquer forma exercidos”, com excepção da própria criação formal da sociedade empresarial.
A ZOPT, empresa que detém 52 por cento da NOS, pertence a Isabel dos Santos e à Sonae, empresa portuguesa que já tinha demonstrado preocupação com o escândalo “Luanda Leaks” na segunda-feira, garantindo que “tudo fará para garantir que a operadora de telecomunicações tenha a estabilidade necessária”.