A dirigente teceu tais considerações no acto central do Dia da Cultura Nacional, realizado, ontem, no Centro de Animação Artístico do Cazenga (Anim’Art), em Luanda. Para a ministra, essa ideia vai-se tornar uma realidade através da política cultural e de outros instrumentos legais, mas é muito importante haver maior promoção e apoio à criação literária e artística em todos os domínios.
Maria da Piedade de Jesus destacou a importância que a formação dos agentes culturais e a criação de um modo de financiamento especial, assim como o incentivo à investigação científica, têm neste processo.
O ministério, explicou, tem, este ano, a tarefa de construir, conservar e preservar muitas das infra-estruturas culturais, incentivar a formação de quadros, tornar operacional a legislação cultural sobre o mecenato, tratar do registo, internacional, dos instrumentos musicais tradicionais, estilos de dança e outras expressões culturais imateriais e desenvolver novas e melhores políticas para a cooperação e intercâmbio com organismos estrangeiros.
Em relação à política de registo internacional do património nacional à UNESCO, Maria da Piedade de Jesus disse que o Executivo tem grandes desafios, um dos quais elevar a património da humanidade o sítio histórico da Batalha do Cuito Cuanavale, o Corredor do Kwanza e as pinturas Rupestres do Tchitundu Hulo.
“Igualmente não se deve esquecer a nova dinâmica que o ministério pretende imprimir ao cinema angolano, com a participação em festivais nacionais e internacionais, com o objectivo de melhorar e modernizar a produção cinematográfica e audiovisual”, adiantou.
A titular da pasta da Cultura reconheceu e enalteceu o papel das autoridades tradicionais como reservas naturais e fiéis conservadores da tradição oral. “Por isso em 2019 o Executivo organizou o III Encontro Sobre as Autoridades Tradicionais que aprovou as linhas orientadoras capazes de definir as relações entre a administração publica e a tradicional”, esclareceu.