O apelo foi feito pelos representantes das diferentes associações artísticas, durante o encontro que o candidato presidencial , João Lourenço, realizou no Centro de Confer|encia de Belas, em Luanda, para o qual convidou os fazedores de arte para apresentarem as suas reivindicações, preocupações, dificuldades e propostas de projectos para o quinquénio 2017/2022.
O candidato e vice-presidente do MPLA aproveitou o encontro para apresentar os projectos em carteira para o vasto sector da cultura e o programa de governação para o quinquénio aos representantes da União dos Escritores Angolanos (UEA), Associação Angolana de Teatro (AAT), União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC-SA), dinamizadores de dança e das indústrias culturais e promotores de eventos.
Os mandatários das associações propuseram a João Lourenço e ao partido no poder no poder a transformação da cultura num contribuinte para o Produto Interno Bruto (PIB), através de uma melhor organização do sector, fazendo funcionar os instrumentos legais, a criação de linhas de financiamento específicas que beneficiem os artistas, a construção de locais onde os artistas exponham o seu trabalho e para trabalhos de pesquisa, resgate, mapeamento e catalogação das danças nacionais.
Dança e teatro
Em nome do grupo de dinamizadores da dança, Nelson Augusto mostrou interesse em ver Luanda transformada numa capital da dança no continente africano, a ascensão do festival luvale a um dos maiores atractivos turísticos de Angola, a retomada do concurso coreográfico inter-africano e a criação do Festival “Kikina” (dançar). Os dinamizadores da dança sugeriram a internacionalização do Carnaval para captar moeda forte e uma atenção ao kuduro como género de dança de rua, pois a sua projecção com espectáculos coreográficos cujos movimentos corporais e o conteúdo de trabalho já é objecto de estudo.
A criação da Federação de Danças Desportivas de Salão e a criação de festivais nacionais das variadas danças modernas e folclóricas foram propostas apresentadas pelo professor e director do Complexo de Escolas de Arte (CEARTE).“Desde a prática das danças folclóricas e patrimoniais, vivemos sempre momentos altos em épocas de importância nacional, desde a proclamação da independência, o Fenacult, a assinatura da transição para o GURN, nas principais actividades desportivas, Jogos da África Central em 1971, Afrobasket 1989, 99 e 07 e o CAN 2010”, afirmou Nelson Augusto, para sublinhar que a dança está presente em todos os momentos da História de Angola, porque “as actividades começam e terminam com ela”.