“Queremos chegar a um acordo para a indicação de um novo Conselho de Administração da Unitel, de um novo PCA e de um novo presidente da Assembleia Geral. Fizemos o mesmo exercício ao nível do Millenium BCP, que durou meses, sempre acompanhado pelo Banco de Portugal e do regulador europeu (o Banco Central Europeu). Correu bem e chegamos a um acordo. Estamos no mesmo exercício com a Amorim Energia, por exemplo. É um exercício normal. Para a Unitel adoptamos o mesmo princípio. Queremos chegar a um acordo para que se normalizem as funções dos órgãos sociais”, resumiu o PCA da Sonangol.
A estrutura accionista da Unitel é composta por quatro accionistas que detêm partes iguais da empresa: a Geni (25 por cento), representada por Leopoldino do Nascimento, a Vidatel (25 por cento), de Isabel dos Santos, a PT Ventures (também com 25 por cento, representada pelo brasileiros da Oi) e a referida Ms Telcom.
Desde Janeiro de 2018 que os accionistas não se entendem quanto à nomeação de um novo Conselho de Administração. Depois de duas tentativas falhadas, em Novembro de 2018, a próxima assembleia-geral está marcada para o dia 19 de Março.
“A Unitel é uma empresa bem conhecida na nossa praça. Temos de defender os interesses da Sonangol. Somos uma empresa do Estado e o nosso accionista também tem a sua estratégia. Precisamos de defender muito bem estes interesses.
A estrutura accionista tem quatro entidades e cada entidade detém 25 por cento do capital, razão pela qual não aceitamos que um accionista tome decisões à revelia e de forma unilateral”, defende Carlos Saturnino.
No âmbito do programa “Regeneração”, que está a ser implementado pela ad-ministração da Sonangol para reverter a situação crítica da petrolífera, a participação na Unitel será alienada.
A administração não quis revelar quanto espera receber por 25 por cento da empresa de telecomunicações porque “o valor não é divulgável”. “Se o fizermos estaremos a prejudicar o sucesso do negócio”, explicou Carlos Saturnino.