“Não deixei os cofres do Estado vazios, quando na segunda quinzena de Setembro de 2017 fiz a entrega das minhas funções ao novo Presidente da República. O Estado tinha nessa altura mais de 15 mil milhões de dólares nas contas do BNA como reservas internacionais líquidas”, afirmou José Eduardo dos Santos numa declaração à imprensa, na sede da sua fundação.
José Eduardo dos Santos lembrou que o gestor das contas na altura era o ex-governador do Banco Nacional de Angola, Walter Filipe, sob orientação do Governo.
O patrono da FESA lembrou que o défice no OGE de 2017 era de cerca de 6 por cento e a sua cobertura era feita com a venda de Títulos do Tesouro aos bancos comerciais. “O dinheiro todo ficava depositado nas contas do Tesouro Nacional, que era gerido pelo actual ministro das Finanças, Archer Mangueira”.
O ex-Chefe de Estado acusou a nova equipa do Executivo de atrasar o OGE para 2018, por se recusar seguir a proposta deixada pela antiga gestão.
A preparação do OGE, explicou, começa normalmente em Junho ou Julho. “Em Setembro de 2017 deixámos pronta uma proposta do OGE para este ano. A nova equipa não quis seguir a proposta que deixamos e atrasou assim a aprovação do Orçamento para 2018”, afirmou.