Katrogi Nhanga Luamba, conhecido como MC K, apresenta o segundo vinil de rap produzido em Angola, consolidando sua trajetória de inovação e ousadia. O álbum será distribuído em Luanda, Lisboa e São Paulo, com o anúncio oficial feito durante sua participação no programa Janela Aberta, da Televisão Pública de Angola (TPA).
Reconhecido por romper padrões e explorar novas possibilidades, MC K continua expandindo os limites do rap contestatário angolano. O lançamento de Sementes no formato vinil não é apenas uma escolha estética, mas também uma celebração da rica história do Hip-Hop.
Em 2011, o rapper já havia inovado ao lançar o álbum "Proibido Ouvir Isto" em pen drives, antecipando o declínio dos CDs. Mais recentemente, MC K demonstrou seu espírito empreendedor com a criação da linha de preservativos "Bom Péru". Agora, com Sementes, ele resgata o vinil como um formato que conecta passado e presente, destacando sua relevância artística e cultural.
Durante o programa na TPA, MC K explicou o motivo por trás da escolha do vinil: "O Hip-Hop nunca abandonou o vinil. É impossível dissociar o rap da arte do sample e do vinil, que são parte essencial da sua história." Ele também ressaltou a qualidade sonora do formato e seu valor simbólico em eventos e coleções de rap ao redor do mundo.
MC K segue os passos do pioneiro Bob Da Rage Sensea, que em 4 de maio de 2020 lançou o primeiro vinil de rap angolano, As Aventuras de Robbie Wan Kenobie, pela gravadora Estaleca. O trabalho, composto por nove faixas, contou com as participações de Laton e SP Deville, marcando um momento histórico na música do país.
Com Sementes, MC K não só reafirma seu compromisso com a inovação, mas também mantém viva a tradição do vinil e do sample, pilares fundamentais da identidade sonora do Hip-Hop. Este lançamento solidifica sua contribuição única para a cultura angolana e para o movimento global do rap.