A iniciativa em encontrar uma designação para grupo, um baptismo de inspiração religiosa, foi um aspectoque demonstra o empenho de Rui Morais na consolidação do conjunto “Os Anjos”. Durante a sua curta existência, o conjunto “Os anjos”, já sem Rui Morais, gravou, em 1977, entre outros registos em fita magnética na RNA, Rádio Nacional de Angola, os singles, "Angola rumo ao progresso" e "Lamento dos pais", “Choro de Oliveira”, um sucesso de dimensão nacional, e “Avante juventude”, com o selo da CDA, Companhia de Discos de Angola, gravado nos Estúdios Norte, com supervisão musical de Carlitos Vieira Dias e sonorização de João Canedo.
Embora os seus integrantes tivessem muita vontade em prosseguir uma carreira artística sólida, a verdade é que o conjunto “Os anjos” teve pouca duração, consequência da falta de equipamento, situação que foi determinando a irregularidade no cumprimento dos contratos das várias solicitações, sobretudo os convites dos centros recreativos da época. Perante tal situação, Rui Morais decidiu enveredar por uma carreira a solo, de 1971 a 1973, com concertos reiterados no Centro Recreativo Faria e Braguês, localizados no Bairro Sambizanga, acompanhado pelos Jovens do Prenda, Kiezos, Anjos, Gingas e Ana Ngola.
Filho de José de Couto Morais e de Feliciana Domingos Adão, João José de Couto Morais, Rui Morais, nasceu em Luanda, Bairro Sambizanga, no dia 29 de Maio de 1953. Membro da União Nacional dos Artistas e Compositores, como atesta uma declaração datada de 28 de Outubro de 2016, Rui Morais conta, até à actualidade, com uma carreira de quarenta e oito anos com sucessivos interregnos involuntários.
Rui Morais foi homenageado, em Setembro de 2016, pela importância histórica do conjunto da sua obra, no âmbito do programa cultural “Em defesa do semba”, no Centro Recreativo “Muximangola”.