Mas, antes, o presidente russo deu um longo discurso de 65 minutos, no qual afirmou que a admissão da Ucrânia pela NATO é "uma ameaça direta à segurança da Rússia" e que em todos estes anos a Ucrânia "não conseguiu atingir a estabilidade, precisando de se apoiar em países como os Estados Unidos". Para Vladimir Putin, as autoridades ucranianas foram "contaminadas pelo Ocidente, com o vírus da corrupção". Mas as críticas não ficaram por aqui: o presidente russo acusou líderes ucranianos de quererem o melhor dos dois mundos, sem quaisquer obrigações perante a Rússia, que considera que esteve sempre disponível para cooperar.
Vladimir Putin não poupou críticas ao regime ucraniano. Afirmando que a situação no leste da Ucrânia é "novamente crítica", o líder russo classificou a região como "terras ancestrais russas": "A Ucrânia é uma parte integral da nossa própria História". "A Ucrânia moderna foi criada pela Rússia comunista", argumentou o presidente russo.
Num discurso marcado por fortes posições ideológicas, o presidente russo disse que está "preparado para mostrar o que é uma descomunização genuína" e criticou a forma como a "Ucrânia pós-soviética se comportou", lamentando também o "aumento no neonazismo" no país. Ainda durante discurso televisivo, que durou 65 minutos, o presidente russo pediu à Ucrânia para cessar imediatamente as “suas operações militares” contra os separatistas pró-Rússia.