No final dos trabalhos, o porta-voz da CEAST, Dom Belmiro Chissengueti, salientou que a igreja trabalha por um processo inclusivo, sem preferências quanto ao vencedor.
“As eleições devem ser internacionalmente observáveis. Mas lá onde cada um estiver deve ser observador eleitoral, procurando trabalhar para a lisura do processo. A igreja pode dar o seu contributo, mas a parte essencial é o povo, que deve evitar o absentismo, fazer o seu registo e ver que documentos são necessários”, indicou.
O porta-voz, igualmente bispo de Cabinda, também se referiu à polémica em torno da contagem dos votos, que revelou posições contrárias entre o MPLA, no poder, e a oposição.
“É evidente que a legislação eleitoral é muito confusa neste aspecto, mas o melhor era, efectivamente, a contagem nas mesas, nos municípios e nas províncias, e depois fazer o total nacional”, sugeriu o bispo.
Ainda neste aspecto, o presidente da CEAST e arcebispo de Saurimo, José Manuel Imbamba, lembrou que o processo eleitoral é completo mas destacou aspectos a se ter em conta: “dever de igualdade de tratamento das candidaturas e do que a estas estejam licitamente associado, a liberdade de expressão e informação no marco da lei, a liberdade de reunião e de manifestação, direito de tratamento imparcial pela toda comunicação social”.