A trajectória profissional dessa artista foi incluída na agenda de debates organizados pela produção do Fuckin´ Globo durante o período de residência artística no hotel. Inicialmente, Indira se envolve no foto-jornalismo por influência do pai, Paulo Mateta, um jornalista de reconhecida tarimba. O seu nome vem à tona ao vencer o concurso BESAFOTO, edição 2008, onde desinteressadamente se inscrevera mais por insistência do pai.
Desde esse período que a fotografia se tornou uma prioridade na sua vida, sendo requisitada para cobertura de eventos sociais, desviando-se assim do circuito da arte contemporânea. Indira não é obessiva com o tempo. Detalhadamente, o tempo que leva para desenvolver um trabalho fotográfico de conceito varia. Por exemplo, levou a cabo um trabalho sobre a crença Kianda, que levou perto de cinco meses. Igualmente realizou um trabalho sobre o estado emocional das crianças na pandemia, que por sua vez levou duas semanas a realizar. Entretanto, assume haver momentos de maior pressão no seu trabalho quando se encontra num contexto de residência artística, como é agora na sétima edição do Fuckin’ Globo.
Quanto a temáticas, prefere desenvolver trabalhos ligados à ancestralidade, na área espiritual, mental e emocional. Porém, o activismo social e um pouco de tudo que tenha a ver com África também lhe interessam. Indira diz não desenvolver uma relação de apego com a máquina, nem um pouco mais ou menos. De forma geral, descreve-se como uma pessoa desapegada, algo que construiu conscientemente.