Emitido pelo canal principal e o internacional da TPA e nas plataformas digitais da Platinaline, o artista fez uma incursão aos temas mais emblemáticos da sua carreira artística. No live na qual Don Kikas teve como convidados Bonga, Tito Paris e Eddy Tussa, o anfitrião aproveitou para homenagear Waldemar Bastos e Carlos Burity.
Em quase três horas de concerto, Don Kikas não apenas interpretou temas angolanos como narrou estórias da “banda”, o que proporcionou um verdadeiro regresso à sua base musical.
O músico arrancou o concerto em grande interpretando “Esperança Moribunda”, tema que remete aos dias difíceis do período de guerra civil e às suas consequências sociais, como o fenómeno "menino de rua". Do seu lado mais picante e romântico desfilou “Pura Sedução”, “Saquirima”, “Como foi bom”, “Lama do Amor” e “Angolanamente sensual”. Com a corista e amiga Yura Silva interpretou “Amor de Ninguém”, original de um belo dueto com a cantora Pérola.
Numa festa na qual o artista valorizou os trabalhos da comunidade e o exemplo foi o guarda-roupa da estilista africana Rosalina, teve como convidados dois grandes representantes da comunidade musical africana em Portugal, Bonga e Tito Paris. O cabo-verdiano partilhou o palco em “Muxima” e com Bonga (voz, dikanza e puita) reviveram “1900 Kapuza” e “Kisselenguenha”. Com o embaixador Bonga subiram ao palco Betinho Feijó e Carlitos Tchiema, dois instrumentistas e produtores incontornáveis na música moderna de raiz.
A união entre gerações ficou patente com Eddy Tussa que deixou o seu perfume de kamundongo em “Pato Fora”, numa tarde de domingo onde a folia de fim-de-semana de Luanda ganhou vida em “Sexta-feira”.
Com Jessica Pina, no trompete, e Sófia Grácio no piano, Don Kikas deu o seu toque em “Velha Xica” de Waldemar Bastos, no momento de homenagens que também passou por “Onjala Yeya” de Carlos Burity. O músico deu um xeque-mate ao levar os filhos: Flávio, Enzo e Kuzi para com ele partilharem o palco.