A música angolana está de luto. Morreu, hoje, aos 66 anos, Givago, vítima de doença, em Luanda. A notícia da morte do músico deixou surpresa e incrédula a classe artística nacional.
Para Lulas da Paixão, o malogrado, era uma figura ímpar que deixou um legado importante à música angolana. “Givago não deixou inimigos”, disse, acrescentando que era “simples e amigo de todos”. “Tenho muitas recordações. Muitas das vez, o convidava para almoçarmos em minha casa, onde aproveitávamos para trocar experiências sobre o quotidiano e a vida artística”, contou.
Incrédulo e actualmente acamado com paludismo, António Paulino disse ter ficado surpreso com a notícia. “Givago morreu mesmo? Isso não é nenhuma brincadeira de mau gosto...”, lamentou, em prantos, a morte do autor do sucesso “Avó Teté”. Para Elias dya Kimuezu, o “rei” da música angolana, a morte de Givago é uma perda sem igual, em especial porque o cantor ainda tinha muito a dar. “Este ano estamos a perder muitos músico, principalmente os do estilo semba”, apontou.
Dom Caetano, por sua vez, disse que reconheceu o talento de Givago no agrupamento Mizangala DT, apesar de já o conhecer desde a década de 1960, ainda na instrução primária, na escola São Domingos, no Rangel. “Foi um músico humilde e completo, com grandes composições”.
Mesmo sem ter tido muito tempo de convivência com o malogrado, Carlos Lamartine o recorda como uma das figuras mais importantes da músicas angolana das últimas décadas. “É mais novo que eu, mas ainda assim foi referência no mercado, pelo legado deixado às gerações vindouras”.