Em terras brasileiras desde domingo último, o grupo, que se faz representar pela actriz Deodete Collsoul e o director e encenador Deazevedo Bochecha, exibe-se em Teresina, um dos quatro municípios que na presente edição alberga a exibição de teatro convencional e de rua, concertos, lançamento de livros, oficinas, formação e encontros para troca de experiências entre os directores dos 15 grupos participantes. Esta é a primeira internacionalização em palco do projecto Vela Angola que realiza um único espectáculo no Brasil, depois de exibições de ruas e troca de experiências na Zâmbia, Namíbia e Congos Democrático e Brazzaville. O grupo angolano, participa ainda nas oficinas do programa de formação sobre “Construção de marionetes gigantes”, “As práticas performativas de matriz africana no processo criativo de performer” e “Dramaturgia da memória”. “Falácia” é um drama sobre os problemas causados nas relações conjugais devido às ligações telefónicas, um problema vivido actualmente em todas as sociedades, sobretudo pela juventude. A peça foi adaptada do livro “Umbral de transmutações”, do escritor António Gonçalves, sendo que o texto foi montado com base em oito poemas, nomeadamente “A quinta estação do tempo”, “A quarta voz do sexto caminho”, “Transparência”, “Um dia falarei”, “Conheci outro mundo”, “Oração nocturna”, “Partilhando” e “Voz do caminho”. O drama retrata, em 50 minutos, situações vividas por muitos casais, sobretudo com menos experiência e inseguros, que criam constrangimentos na relação.