O grupo que, este ano, inovou na indumentária da corte, preenchida de efeitos espelhados e colares cujo colorido difere das cores habituais do Entrudo, levou à Marginal o tema “escravatura” evidenciado pelo carro alegórico - um navio à vela - que ilustra o tráfico negreiro, e no qual se destacam, também, imagens de Kimpa Vita, Mandume e Nzinga Mbande.
O União Recreativo Kilam-ba, do distrito urbano do Rangel, levou igualmente para a galeria do grupo o prémio da Canção da classe A (adultos), pelo tema “Muangola (Angola ancestral)”, interpretada por Dom Caetano.
Em segundo lugar ficou o grupo mais titulado da história do Carnaval de Luanda, o União Mundo da Ilha, com 846 pontos, enquanto o União Njinga Mbande, do município de Viana, contentou-se com o terceiro, com 834 pontos.
No quarto e quinto lugares ficaram o União Kiela, do distrito urbano do Sambizanga, com 828 pontos, e o União 10 de Dezembro, do distrito da Maianga, com 777 pontos.
Após a divulgação dos resultados, pelo presidente do júri, Sebastião Lino, instalou-se na Liga Africana, uma onda de protestos por parte de foliões e comandantes de grupos carnavalescos que esperavam ansiosamente pelo desfecho.
Entre os descontentes estava a comandante do União Kiela que defende uma melhor escolha dos membros do júri, nas próximas edições do Entrudo.