Hoje, 5 de setembro, Lisboa está em festa. E não é uma festa qualquer — é o Fest Semba Lisboa, uma homenagem vibrante e sentida ao mestre Bonga, que celebra 83 anos de vida e mais de cinco décadas de carreira. O palco do Lisboa Ao Vivo (LAV) recebe, às 21h00, um elenco de luxo: Paulo Flores, Patrícia Faria, Eddy Tussa, Daniel Nascimento, Hélvio, Kanu André e Kláudio Hoshia, todos unidos por uma causa maior — celebrar o semba e o legado de um dos maiores embaixadores da música angolana.
Os bilhetes? Esgotados há dias. Plateia de pé, zona VIP, mesas com garrafa — tudo vendido. O público respondeu com entusiasmo a este encontro histórico, que promete ser mais do que um concerto: será uma verdadeira celebração da cultura afro-lusófona.
Organizado pela Tons do Sul e Osilos Eventos, o Fest Semba Lisboa não é apenas um tributo musical. É um momento de reconexão com as raízes, de afirmação cultural e de valorização da identidade africana em Portugal. O espetáculo vai revisitar os clássicos de Bonga — como Mona Ki Ngi Xica, Mariquinha e Sodade — e oferecer momentos inéditos de fusão artística entre gerações e estilos.
Nascido em Kipiri, Bengo, a 5 de setembro de 1942, José Adelino Barceló de Carvalho, mais conhecido como Bonga, começou a sua jornada musical nos musseques de Luanda, fundando o grupo Kissueia. Desde então, transformou o semba numa linguagem universal, levando Angola aos quatro cantos do mundo com uma voz inconfundível e uma mensagem de resistência, liberdade e consciência.
Hoje, o semba sobe ao palco com toda a sua força — em forma de dança, canto, poesia e emoção. E Lisboa, por uma noite, torna-se capital da música angolana.
Parabéns, Bonga. Que venham mais anos de música, memória e magia.