O jovem escritor e cineasta angolano Beni Dya Mbaxi teve o seu mais recente trabalho cinematográfico censurado em Moçambique e Angola. O documentário de curta-metragem intitulado “Pfuka, Alcina”, produzido em maio deste ano, narra a história real da estilista moçambicana Alcina, vítima das crises pós-eleitorais em Moçambique.
Durante os confrontos, Alcina foi atingida por uma bala que atravessou o seu rosto, obrigando-a a passar por uma delicada cirurgia maxilo-facial fora de África. A obra destaca os impactos humanos da violência política, com foco nos direitos humanos, segundo o autor.
Apesar da intenção de estrear o documentário em salas de cinema moçambicanas e angolanas, os espaços recusaram a exibição alegando que o conteúdo possui cenas políticas. Beni Dya Mbaxi, por sua vez, nega essa classificação e lamentou publicamente o ocorrido através das suas redes sociais.
Como alternativa, o documentário será lançado neste sábado, 16 de agosto, no canal oficial do artista no YouTube. A produção já está sendo exibida em salas de aula no Brasil, onde tem gerado debates sobre justiça social e liberdade de expressão.