Considerado um dos cantores que revolucionou a música gospel em Angola e um dos músicos que mais influenciou a estética vocal em arranjos e posicionamento da voz, enquanto instrumento, tendo criado também um padrão para a nova geração de artistas que defendem a bandeira nacional em eventos de renome, o artista regressa à produção discográfica depois dos singles "Nganeto Kudiolo” e "Nabelili Yo”, editados no Canadá e Brasil, e do projecto colaborativo "Conexão Gospel + Imbileno Nzambi”, álbum que saiu a público em 2017.
Segundo o jornalista Adão Filipe, na nota de apresentação do disco, destaca que "Dodó Miranda é o nome de um dos mais virtuosos artistas do segmento gospel em Angola. Atento às variantes da música universal e das temáticas dos dias de hoje, se propôs a uma viagem ao encontro das histórias transversais da nossa vida. Inspirado por este impulso, apresenta-nos esta nova obra discográfica”.
Adão Filipe refere que neste álbum, Dodó Miranda interpreta 99 % canções de autoria de Joseph Tsasa (músico e compositor congolês), residente nos Estados Unidos, que há sensivelmente três anos, num encontro inusitado entre ambos, disponibilizou os referidos temas para que o músico angolano os interpretasse com a ampla característica da dimensão do poder do seu canto.
O tema que dá título à obra "Motema Ya Moto Mawa” abre o disco que tem o seguinte alinhamento: "Toleli (blues for África)”, "Tokokende maboko Pamba”, "Três longtemps”, "Nalingi Masiya”, "Elenge”, "Lord i praise you” , "Siya kwenda” (family song) e "Joseph Tsasa”, como bónus track. O disco tem a participação de Dimbo Makiesse, Mário Gomes, Eufraim La Trompa, Jack Nsaka e outros jovens instrumentistas.
O disco foi todo produzido em momento intenso de confinamento devido à pandemia da Covid-19 o que lhe confere uma dimensão sentimental especial.