Discursando na Conferência Internacional sobre a Cooperação Energética, realizada no sábado, em Beijing, o diplomata sublinhou que, tal como em qualquer parte do mundo, em Angola a energia desempenha um papel essencial no desenvolvimento económico e social e contribui na elevação dos padrões de qualidade de vida e bem-estar das populações.
"Angola possui muitos recursos naturais energéticos, incluindo petróleo, gás, rios caudalosos, sol e ventos, mas ainda carece de investimentos para exploração sustentável desse potencial, tendo em conta a industrialização, digitalização, integração regional e a necessidade de responder aos desafios da globalização”, explicou.
Na óptica do embaixador, a exploração adequada desse potencial pode ajudar Angola e outros países do continente africano a diversificarem o seu aprovisionamento e alcançarem maior eficiência energética, se houver uma cooperação internacional equilibrada nesse domínio.
"Além dos factores ligados à produção, os países menos desenvolvidos enfrentam, igualmente, certas deficiências nos seus sistemas de gestão, transportação e distribuição eléctrica, das fontes de geração de energia para os pontos de consumo”, disse o diplomata, acrescentando que "esse factor, por si só, representa uma barreira para uma integração harmoniosa das inovações tecnológicas energéticas nas infra-estruturas existentes”.
A Associação do Desenvolvimento Ultramarino da China encorajou os investidores chineses a explorarem as oportunidades que Angola oferece no sector das energias renováveis.
"Além do petróleo e do gás, Angola também dispõe de outras fontes naturais importantes que os investidores chineses podem explorar e produzir energias renováveis”, afirmou o secretário-geral da referida associação, He Zhenwei.
Segundo He Zhenwei, a energia é muito importante para responder aos desafios do desenvolvimento económico acelerado do país e a China precisa identificar novas fontes e oportunidades de cooperação energética.