"Bastou chegar ao local e o deputado foi agredido pela polícia com porretes", disse o líder da União para a Independência Total de Angola (UNITA) à Lusa, afirmando que o cemitério de Santa Ana, ponto de concentração da manifestação prevista para hoje, apresentava às 11:00 um "forte aparato policial", com cavalaria e brigadas caninas.
Adalberto da Costa Júnior salientou que a tentativa de impedir a manifestação é "uma absoluta ilegalidade", já que foi aprovada em maio uma lei que "dá cobertura à situação de calamidade e não prevê que sejam suspensos os direitos fundamentais dos cidadãos, nomeadamente o direito à manifestação".
"Em circunstância alguma podem ser violados direitos constitucionais dos cidadãos. Para tal teria de haver um regresso ao estado de emergência", realçou.
Na sexta-feira à noite, o Governo anunciou novas medidas, mais restritivas, para a situação de calamidade, face ao aumento do número de casos de covid-19.
Entre estas estão as limitações de ajuntamentos na via pública até cinco pessoas. Foi também alterado um artigo relativo ao distanciamento físico entre os participantes de atividade e reuniões realizadas em espaço aberto, que contemplava manifestações no anterior decreto, possibilidade que foi retirada no novo diploma que entrou em vigor às 00:00 de hoje.