De acordo com as mesmas informações, publicadas há dias, um grupo de militantes estaria a gizar estratégias para a destituição do líder da UNITA. O grupo terá sido descoberto e foi instaurado um processo em que os principais visados são, supostamente, Eusébio Manuel Neves e Domingos Yofina.
No âmbito do mesmo processo, terá sido, também, arrolado o secretário para as Relações Exteriores da UNITA, Rafael Massanga Savimbi, filho do fundador do partido, cuja audição, pelo Conselho Nacional de Jurisdição, estava, supostamente, marcada para amanhã, quarta-feira.
Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, o secretário-geral da UNITA disse ser normal, em qualquer organização onde existam pessoas, a instauração de processos disciplinares, quando há indícios de violação de normas. Neste âmbito, admitiu a existência de processos contra alguns militantes da UNITA, mas por actos de indisciplina e não por tentativa de destituição do presidente.
“Na UNITA não existe a possibilidade de afastamento do presidente sem que os órgãos para o efeito reúnam. Com excepção de casos de traição à Pátria ou ao partido, não há como destituir o presidente”, esclareceu.
Álvaro Chikuamanga in-sistiu que está a haver especulações e acredita que, provavelmente, um dos militantes suspensos, não satisfeito com a decisão, estará a contribuir para a divulgação de inverdades nas redes sociais.
Entre as inverdades apontou a inclusão de pessoas que nada têm a ver com o caso - uma referência implícita a Rafael Massanga Savimbi-, “talvez para dar um certo peso” às especulações.
Fonte do jornal O País próxima a Rafael Massanga confirmou que este tem conhecimento do processo contra Eusébio Neves e Domingos Yofina, mas desmente que tivesse sido notificado sobre o mesmo caso.