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Conflito na RDC ameaça a região

Conflito na RDC ameaça a região

| 2017-05-25 11:44:55 | Politica | 486
O ministro da Defesa Nacional alertou ontem em Luanda para a possibilidade de o conflito na República Democrática do Congo (RDC) poder afectar toda a região e afirmou que o país enfrenta desafios que precisam de contínua análise e coordenação de esforços na busca permanente de soluções.

João Lourenço, que falou na abertura da reunião do comité de ministros da Defesa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, referiu que a organização tem sido um importante instrumento de concertação política e diplomática que tem atingido resultados positivos no quadro dos esforços visando a paz e a estabilidade na sub-região. “Se por um lado a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos tem registado bons resultados na busca permanente pela paz em alguns Estados, por outro, não tem sido de todo saudável, pelo que deve merecer a nossa especial atenção”, disse o ministro.

João Lourenço, que presidiu à reunião na qualidade de presidente em exercício do Comité de Ministros, alertou para os perigos das acções armadas e de violência que ainda prevalecem na República Centro Africana e no Burundi, a instabilidade político-militar e o retrocesso do processo de reconciliação no Sudão do Sul, assim como a situação política e militar prevalecente na RDC. Neste último país, apontou as recentes acções das milícias tribais que actuam no Kassai contra populações indefesas e que, como consequência, produziram quase 30.000 refugiados, acolhidos por Angola, na província da Lunda Norte.

O ministro lembrou que, depois do acordo estabelecido a 31 de Dezembro de 2016, os congoleses souberam estar à altura dos seus desafios e foram capazes de, com a exemplar mediação da Igreja Católica, alcançar o entendimento que deu lugar à nomeação de um Primeiro-Ministro, a 7 de Abril, e à formação de um Governo de transição que deve levar o país às próximas eleições.

“A par dos esforços internos dos actores políticos congoleses, devemos continuadamente empreender esforços para identificar as melhores vias para a pacificação e estabilização daquele país”, disse, realçando que “um dos objectivos da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos é a instauração e consolidação de um clima de paz, segurança e de estabilidade na nossa sub-região”.

Além de manifestar o compromisso dos Estados membros da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos em transformar a sub-região numa zona de desenvolvimento económico que atraia investimento privado exterior, o ministro da Defesa Nacional reafirmou a completa disponibilidade de Angola em continuar a trabalhar com elevado engajamento, para a busca da paz e da estabilidade na região dos Grandes Lagos.

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