A situação política na República Democrática do Congo (RDC) e no Lesotho é o principal ponto da agenda da Cimeira, em que, de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores, vai ser, igualmente, discutida a questão da consolidação da democracia na África Austral, nomeadamente em países como Madagáscar, Swazilândia, RDC e Zimbabwe.
Alguns ministros, como o da Defesa da Namíbia, Penda ya Ndakolo, chegaram ontem a Luanda, enquanto os Chefes de Estado começam a desembarcar na tarde de hoje.
A sessão de abertura da Cimeira está prevista para amanhã, no período da manhã, com um discurso a ser proferido pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, que é também o presidente do Órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da SADC. Depois da cerimónia de abertura, a sessão prossegue à porta fechada, devendo o encontro encerrar perto das 13 horas, com a leitura de um comunicado final.Na cimeira devem participar, igualmente, os chefes do Estado-Maior das Forças Armadas dos países que integram a Missão de Manutenção da Paz no Lesotho.
A situação política e militar naquele país agudizou-se a 5 de Setembro do ano passado, quando o chefe do Estado-Maior do Exército, general Khoantle Motsomotso, foi morto durante um tiroteio. No mesmo incidente, dois outros oficiais, o general Bulane Sechele e o coronel Tefo Hahatsi, foram mortos. Dois anos antes, já tinha sido morto um chefe do Estado-Maior do Exército.
A 2 de Dezembro, a SADC procedeu ao desdobramento de um contingente militar, no âmbito da sua Missão de Contingência para o Lesoto, a pedido das autoridades locais. O efectivo é composto por 217 militares, 162 dos quais de Angola.