Um míssil balístico disparado pelos rebeldes Houthis do Iémen atingiu, no domingo de manhã, a área próxima ao Aeroporto Internacional Ben Gurion, o mais movimentado de Israel. O ataque levou à suspensão temporária dos voos e ativou sirenes de alerta em Tel Aviv e arredores.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), foram feitas diversas tentativas de interceptação antes da explosão do míssil. A defesa aérea israelense acionou o sistema Arrow e os Estados Unidos também disponibilizaram o THAAD, um dos sistemas antimísseis mais avançados do mundo.
O ataque causou danos em estradas e veículos próximos ao aeroporto, conforme imagens verificadas por Al Jazeera. Segundo os serviços de emergência, oito pessoas ficaram feridas.
Os rebeldes Houthis assumiram a autoria do ataque, alegando que foi uma resposta aos ataques israelenses contra Gaza. O porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, advertiu as companhias aéreas de que Ben Gurion “não é mais seguro para viagens”.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, prometeu uma resposta severa: "Atacaremos quem nos atacar sete vezes mais", afirmou.
O gabinete de segurança de Israel se reunirá ainda no domingo para discutir o incidente. Algumas companhias aéreas, como Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Eurowings, suspenderam seus voos para Tel Aviv até pelo menos o dia 6 de maio.
Este ataque marca uma brecha de segurança significativa em um dos locais mais protegidos de Israel e levanta dúvidas sobre a capacidade do país de interceptar ataques de longo alcance, apesar de seus sofisticados sistemas de defesa antimísseis.