Durante o seu discurso na abertura da 79ª Assembleia Geral, Lula ressaltou que a atual composição do Conselho, dominada por potências do pós-Segunda Guerra Mundial, não reflete a realidade geopolítica contemporânea. "Várias nações, principalmente no continente africano, estavam sob domínio colonial e não tiveram voz sobre seus objetivos e funcionamento", lembrou Lula.
"A falta de representatividade global é um obstáculo à paz e à justiça internacionais", declarou o presidente, reforçando a necessidade urgente de uma reforma no órgão. Para Lula, a inclusão de nações africanas e latino-americanas no Conselho de Segurança é essencial para garantir decisões mais equilibradas e justas no cenário internacional.
O presidente brasileiro também destacou o papel crescente dessas regiões em temas críticos como mudanças climáticas, combate à pobreza e estabilidade política, ressaltando que suas vozes precisam ser ouvidas nos fóruns globais mais importantes. "O mundo de hoje não pode ser governado pelas mesmas regras de 1945", afirmou Lula.
A proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU é uma bandeira recorrente da política externa brasileira, e o apelo de Lula reflete o sentimento de muitas nações do Sul Global, que buscam maior participação nas decisões multilaterais.
"Não podemos esperar por outra tragédia mundial para construir sobre os seus escombros uma nova governança global", concluiu Lula seu apelo à comunidade mundial, enfatizando a urgência de agir antes que novas crises globais ocorram.