Atacado por todos os lados, Viktor Orbán conseguiu fazer o seu périplo por Kiev, Moscovo e Pequim a partir de uma posição de força. E por três motivos, segundo Katalin Miklossy, investigadora de estudos europeus na Universidade de Helsínquia. “O primeiro-ministro húngaro conseguiu construir em duas semanas um novo grupo no Parlamento Europeu, que se tornou a terceira maior família. Dessa forma, pode salientar que a Hungria não está sozinha neste anseio pela paz. Em vez disso, tem aliados e apoiantes na UE. A nível retórico, há uma posição forte entre os aliados ocidentais, mas, na prática, isso não é tão visível.” Além disso, “os estudos de opinião mostram que os europeus estão no limite em relação à guerra, por isso, o vento está a mudar, e Orbán está consciente disso”, aponta Katalin Miklossy, em declarações ao Expresso.