O governo do presidente Volodymyr Zelensky depende de um enorme oleoduto de armamentos americanos e ocidentais. E o presidente russo, Vladimir Putin, cujas obsessões históricas e cálculos de poder pessoal empurraram a Ucrânia para esta guerra terrível, também terá uma grande influência sobre se e quando ela terminará. Assim, enquanto os sacrifícios no campo de batalha decidirão quanto território ocupado a Ucrânia recuperará, o resultado da guerra também será moldado por fatores externos, incluindo a mudança de forças políticas nos EUA, Moscou e capitais europeias.
Uma ofensiva paralisada e um impasse no inverno, por exemplo, teriam ramificações específicas nos Estados Unidos, uma vez que poderiam aumentar as dúvidas sobre o apoio dos EUA à guerra, que será empurrada para um ano eleitoral amargo. Os americanos estão se preparando para um possível confronto entre o presidente Joe Biden, que reviveu a aliança ocidental e é o apoiador externo mais crítico da Ucrânia, e o ex-presidente Donald Trump, um cético da OTAN que admira Putin e prometeu acabar com a guerra em 24 horas, provavelmente nos termos de Putin. E mesmo que Trump não seja o candidato do Partido Republicano em 2024, diminuir o apoio público à guerra pode prejudicar Biden.