Bolsonaro, um ex-capitão do Exército, trouxe um número sem precedentes de oficiais militares para seu governo, incluindo cargos importantes no gabinete. Ele também questionou a credibilidade do sistema de votação do Brasil, levantando temores de que possa não aceitar a derrota nas eleições de outubro, como seu colega político, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fez nos Estados Unidos.
Isso concentrou especulações sobre como as forças armadas reagiriam, dado o forte apoio de base à eleição de Bolsonaro em 2018 e uma desconfiança histórica de Lula e seu Partido dos Trabalhadores.
As preocupações com a interferência do exército nas eleições decorrem da brutal ditadura militar de 21 anos do Brasil que terminou em 1985, após a qual o país estabeleceu regras para separar as forças armadas da política.
"Quem vencer as eleições governará o Brasil. Não há outra alternativa senão respeitar a vontade do povo", disse o general aposentado Carlos Alberto dos Santos Cruz, que serviu como ministro de Bolsonaro por cinco meses em 2019, mas foi demitido após descordar com o presidente.