Poeta, escritor e político. Fez o curso de Administração e Comércio e o Politécnico de Gestão em Portugal. Esteve ligado a várias atividades de desenvolvimento comunitário no exterior do país. Foi Diplomata em Portugal, onde exerceu o cargo de Adido Cultural da República de Angola, durante seis anos. Foi eleito deputado pelo partido MPLA, na eleição de outubro de 2008. É Secretário-Geral da União dos Escritores Angolanos. Viveu quase uma década num exílio consentido e, talvez por esta razão, sua poesia tenha muito de cosmopolita.
Adriano Botelho começou a escrever na 4ª classe. Sua proposta de escrita, considerada pela família como surrealista, não levou propriamente em conta o drama da colonização. Foi em sua vertente poética que Adriano Botelho mais se permitiu dar voz ao "outro", opondo-se ao princípio estilístico da estandardização da linguagem angolana. Em Lisboa, durante a sua estadia, Adriano Botelho lançou o Jornal Angolê, Artes e Letras; no Porto, reuniu mais de duzentos especialistas de literatura angolana - encontro muito concorrido, que possibilitou ao poeta a organização de textos sobre a obra de Agostinho Neto. Com mais de 500 páginas e intitulada A Voz Igual, Ensaios sobre Agostinho Neto, a obra reuniu mais de 24 especialistas atuantes em várias Universidades dos diversos recantos do mundo. Adriano Botelho organizou também várias coletâneas, dentre as quais: Boneca de Pano: Colectânea do Conto Infantil Angolano (2005); Caçadores de Sonho: Colectânea do conto Angolano (2005) e Todos os Sonhos: Antologia da Poesia Moderna Angolana (2005). Editou os jornais Unidade e Luta (1974); Angolê, Artes e Letras (1984) e Maioria Falante (Rio de Janeiro, Brasil). Ao longo da carreira, foi agraciado com o grande Prémio Sonangol de Literatura – Ex-aequo (2003), pela obra Tábua. Suas obras Olímias e Luanary foram adaptadas para o teatro. O Webdesign do Site da UEA (www.uea-angola.org) também foi concebido pelo poeta.
Fonte:Ueangola.com
Editora : UEA
Data na Lea : 14-04-2021
Páginas : 178