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Garda
Cantora

  • Nome : Ildegarda Oliveira
  • Idade : 24/04/1931 ( 94 )
  • Naturalidade : Luanda
  • E/Civil: Solteira
  • Data na lea : 24/04/2019

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Biografia

O talento de Garda torna-se conhecido em Luanda nos anos 50, e João Roquette, diretor do Banco de Angola, onde o pai de Garda é funcionário, fica seu fã.

Garda e o seu conjunto anima os bailes angolanos de Carnaval ou de Fim do Ano. E vai além dessa Luanda cosmopolita. Atua de norte a sul. Apresenta-se em festas do Governo, divertindo a sociedade privilegiada de então, cantando música brasileira e espanhola que todos põe a dançar.

Há mesmo quem afirme que Garda foi a primeira grande estrela da música angolana da segunda metade do século XX. Os poucos que ouviram falar dela talvez tenham também ouvido falar do disco que ela gravou em Lisboa, em 1957, "Maria Candimba", um single de quatro faixas, nos estúdios da Valentim de Carvalho. O primeiro disco alguma vez gravado por uma cantora angolana.

O seu nome voltou de novo a ser comentado pela gravação do seu primeiro primeiro CD aos oitenta anos de idade, editado em 2011.

Em 1958, quando o single "Maria Candimba" chegou a Angola não era de Garda a fotografia que estava na capa, mas sim de uma anónima mulher angolana, uma indígena como se dizia na época. Garda não havia ficado satisfeita com o resultado da gravação e por isso recusou aparecer na capa do disco.

Ildegarda Oliveira nasceu em Luanda, em 1931, e desde cedo se lembra de haver música lá por casa. Já em criança gostava de ouvir o pai tocar banjo e quando havia tocatinas costumava esconder-se debaixo da cama só para ficar a ouvir o pai e os outros músicos até de madrugada.

Em adolescente descobriu a paixão pelo violino. Mais tarde foi trabalhar na alfândega e depois como telefonista no PBX do Banco de Angola.

Por esta altura, Garda já animava muitos bailes na capital luandense, quer como cantora, quer como tocadora de acordão, que aprendeu sozinha. O gosto pela vida nocturna vem desta época de festas, em que percorria um vasto reportório, com especial gosto pela música brasileira.

No final dos anos 50 Garda foi convidada pelo empresário Espírito Santo para abrilhantar o baile de debutantes organizado por esta família burguesa de Lisboa. Seguem-se depois aparições na RTP e no Casino Estoril, que a levam até aos estúdios de gravação, junta com o seu grupo.

De regresso a Angola apaixona-se pelo o capitão José Joaquim Lofgren Rodrigues, que morreu aos 37 anos, ao serviço do Exército Português em Angola, em 1971. O “Último Beijo” será a canção que ela irá compôr para homenagear o seu marido.

Em entrevista à radio portuguesa TSF, a cantora confessou que a música ajudou-a a ultrapassar dois desgostos profundos que lhe marcaram a vida: o ter de abandonar o estudo do violino devido a um acidente em que cortou a mão e a morte prematura do marido.

Hoje, aos 80 anos, e depois de gravar o seu primeiro CD, a cantora continua a gostar mais da noite do que dia. Não se leva muito a sério e os amigos continuam a chamar-lhe "a velha mais vadia de Portugal". Considera-se uma mulher "sem horas", independente, mas muito calma. Não se considera uma artista a sério, apesar de no início ter querido fazer música a sério, não fosse o acidente com a mão.

O regresso ao estúdio e a Angola

Aos 29 anos veio para Portugal para estudar música e houve alguém que altura lhe disse que também deveria matricular-se em canto. Garda considera-se uma mulher reservada e melancólica, apesar de estar pronta para uma paródia, para a movida nocturna. "Mas o amor está em primeiro lugar e o último beijo que dei ao meu marido antes de ele morrer marcou-me muito".

O produtor Francisco Vasconcelos convidou músicos de uma geração diferente de Garda para a gravação do seu CD de estreia, de forma a dar novas roupagens às suas composições. A extraordinária história da vida de Garda levou igualmente a produtora Valentim de Carvalho Multimédia a preparar um documentário, ainda em fase de produção, 50 anos depois da primeira gravação nos estúdios Valentim de Carvalho.

Apesar de viver há quase 50 anos em Portugal - onde é conhecida por interpretar também o fado vadio em alguns bares - a cantora considera-se 100 por cento angolana. Já não visitava o país há mais de 40 anos, por ter medo de andar de avião.

Mas recentemente Garda matou as saudades, com uma participação na festa do 35º aniversário da Edições Novembro que decorreu no restaurante Lookal, na Ilha de Luanda, em Junho do ano passado. A cantora cantou temas do seu vasto reportório e ainda o inédito “Nga tula kia”, que foi composta por ela para ser estreada na sua terra natal.

Depois de uma falsa partida, Garda voltou ao microfone, com muitas histórias para cantar.

Fonte: Sapo

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Músicas Promocionais

  • Maria Candimba Maria Candimba [ Masemba ] 1957
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Discografia

Maria Candimba
Maria Candimba

Genero: Variados

Ano: 1957

Mais
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Imprensa

  • Generic placeholder image
    Morreu cantora Garda aos 92 anos
    A cantora e compositora angolana Garda, uma estrela na cena musical nacional na década de 1950, morreu segunda-feira, aos 92 anos, no Hospital de Faro, Portugal, anunciou ontem à agência Lusa fonte próxima da família.
    08-03-2023 08:59

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