Acabar com a rebelião na RDC

105 2017-05-24 11:52:25 Politica
A situação de conflito na República Democrática do Congo exige a materialização das decisões já tomadas nos acordos rubricados, no sentido de erradicar as actividades das forças negativas e a proliferação das milícias, defendeu ontem o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Geraldo Sachipengo Nunda, que falava na reunião dos chefes do Estado-Maior dos países membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), afirmou que as milícias já causaram a fuga de 29 mil congoleses, que estão refugiados no norte de Angola, em situação humanitária preocupante.

A população da República Democrática do Congo vive uma situação de turbulência e as eleições podem estar comprometidas com o recrudescer do conflito armado no leste do país. Por este facto, as chefias militares analisaram situações ligadas às eleições e ao estado de segurança no leste da República Democrática do Congo, com o retorno das acções do ex-M23 e das milícias Kamuila-Sapu, no Kassai.

Geraldo Sachipengo Nunda referiu que a estabilidade na região passa pela criação de condições que visam instaurar um clima de paz e de segurança, para garantir o funcionamento democrático das instituições.

A reunião das chefias militares da região visou, por outro lado, preparar documentos que são discutidos hoje pelos ministros da Defesa. Entre vários assuntos, as delegações militares analisaram as recomendações saídas da sétima reunião do Mecanismo de Verificação Alargada, realizada em Outubro do ano passado. Durante a reunião, este mecanismo de supervisão apresentou os resultados alcançados nas Repúblicas Democrática do Congo, Centro Africana, Burundi e Sudão do Sul.

Geraldo Sachipengo Nunda justificou que a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos é um pilar importante para a construção da paz, estabilidade e desenvolvimento dos países membros. “É necessário conjugar esforços para manter uma organização forte e eficaz, que sirva de base para uma ordem jurídica que manifeste um sistema regional mais equilibrado, justo e inclusivo.” Ao apresentar a síntese da situação política, militar, económica e social do país, o chefe do Estado Maior General das FAA sublinhou que Angola presta uma atenção especial ao recrudescimento dos conflitos armados, às formas de crimes transnacionais organizados, como tráfico de drogas e de seres humanos e pirataria.

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